Ministro da Administração do Território, Marcy Lopes
“O ministro da Administração do Território, num país democrático tinha motivo para ser preso, para ir para a cadeia”, disse Adalberto Costa Júnior em recente acto de campanha eleitoral, continuou fazendo questão de sublinhar que “estou a fazer esta afirmação com muita responsabilidade, com muita responsabilidade”.
Explicou que o ministro da Administração do Território disse na Assembleia Nacional que as listas seriam expurgadas dos mortos, não foram, e foram entregues à Comissão Nacional Eleitoral sem que tal tenha acontecido, criando-se um número de eleitores, no caso, de cidadãos maiores de 18 anos, que não corresponde à realidade.
E o líder da UNITA disse e repetiu várias vezes perante os seus militantes e apoiantes de que o que o ministro Marcy Lopes fez é “crime, crime, crime” e um “crime com dolo”, ou seja, com um propósito, “com a intenção de enganar”.
Para o presidente da UNITA, o Presidente da República devia demitir o ministro Marcy Lopes. “O que o Chefe de Estado devia fazer era demitir o ministro”, disse, “porque os servidores públicos têm responsabilidade pública e o respeito pelas leis é obrigatório para todos nós e muito mais para quem serve a governação”, acrescentou Adalberto Costa Júnior.
Outro dos problemas identificado e denunciado por Costa Júnior é que não se deve repetir o que aconteceu em 2017, quando, e com alguns papeis debaixo do braço, alguém comunicou a vitória do MPLA. “Nenhum papel passou pelo centro de escrutínio” e isso não se pode repetir em 2022.
Por isso mesmo a UNITA entregou esta segunda-feira, dia 1 de Agosto, uma nova queixa CNE, e dirigiu-se ao presidente da CNE, aos juízes dos tribunais Constitucional e Supremo, ao Presidente da República deixou um recado: “não nos vão enganar”, ao mesmo tempo que pede que todos, mas todos, possam contribuir para a defesa da Constituição e das leis da República.
Deixou ainda um apelo, que não é novo, mas que pelos vistos tem caído em saco roto, que se publiquem os cadernos eleitorais, o que, de acordo com a lei, deve acontecer 30 dias antes das eleições gerais, este ano, marcadas para 24 de Agosto.
Em uníssono com os militantes e simpatizantes reunidos em mais uma acção de campanha, Adalberto Costa Júnior pediu eleições “justas” e “transparentes”.