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Aguardava-se que Adalberto Costa Júnior aproveitasse a sua intervenção de hoje para responder à provocação de ontem. Mas o presidente da UNITA passou um pouco ao lado da questão, não a evitou, mas optou por dizer que o seu partido não tem dinheiro, que o dinheiro que tem está concentrado em duas acções: para mobilizar para o voto e para assegurar a segurança do voto.
“Não pensem que os angolanos andam distraídos, não andam distraídos”, disse Adalberto Costa Júnior, e acrescentou que o mundo se especializou em corrupção para concluir que a contratação sem concurso público é o maior desvio de dinheiros públicos que se conhece, e o Presidente João Lourenço tem recorrido permanentemente à contratação simplificada em favor “dos amigos”.
Sobre a acusação directa de que a UNITA é financiada por marimbondos, o presidente da UNITA contornou a questão perguntando aos presentes se tinham recebidos as camisolas que tinham pedido, e explicou que não receberam porque não há dinheiro.
“Não receberam as camisolas porque não temos dinheiro para fazer as camisolas, o dinheiro que temos é para mobilizar para o voto e para a segurança dos votos”, disse Adalberto Costa Júnior, que também explicou que o partido, no caso a Frente Patriótica Unida, abriu contas em vários bancos para que a sociedade civil pudesse contribuir para a campanha eleitoral.
“Temos uma campanha eleitoral completamente desigual, temos o país pintado com as cores de um partido (…) estradas cheias de propaganda” com as cores do partido único, onde há hotéis e bombas de gasolina que se fecham à passagem da caravana da UNITA, partilhou o líder do Galo Negro.
E Adalberto Costa Júnior questionou: “isto é que é um governo democrático?”