Economia

Abordagem do governo chinês no combate à covid com sérias consequências no crescimento económico

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A produção industrial, que sustentou a rápida recuperação económica da China logo após o choque inicial da covid, no início de 2020, caiu 2,9%. É o sinal mais marcante do crescente custo económico da abordagem da China tem vindo a fazer na luta contra o coronavírus – bloqueios de cidades, testes em massa e centros de quarentena.

A eliminação de infecções é uma prioridade para o presidente Xi Jinping, que se candidata este ano a um terceiro mandato.

A estratégia de “covid zero” tem sido relativamente eficaz nos últimos dois anos, mas as autoridades chinesas voltaram a implementar drasticamente medidas restritivas em 2022, após um surto de Omicron no país, centrado particularmente em Xangai. No final de Março, a cidade ficou fechada de um momento para o outro e com muitos dos seus habitantes sem acesso a água e a alimentos frescos.

E com Xangai, dezenas de cidades e centenas de milhões de pessoas em toda a China em quarentena, parcial ou total.

A economia da China, que já estava sob pressão devido a uma crise de liquidez no sector imobiliário, altamente alavancado, acentuada com o colapso das vendas de casas. Mais recentemente, o governo chinês baixou os juros à habitação de 4,6% para 4,4%, mas não impediu que a Evergrande – um dos mais relevantes grupos do sector na China – entrasse em “default”.

Os analistas acreditam que a eficácia das medidas económicas do governo chinês passa, eventualmente, por uma nova abordagem à questão do combate à pandemia.

Os mercados asiáticos reverteram os ganhos iniciais desta segunda-feira, quando passaram a negociar em baixa após a divulgação dos dados. O CSI 300 da China de ações listadas em Xangai e Shenzhen abriu 0,7 em alta, mas caiu 0,8 por cento após a divulgação dos dados, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong subiu 1,1 por cento antes de cair 0,4 por cento.

Na semana passada, as autoridades chinesas disseram que os cidadãos não poderiam deixar o país por motivos “não essenciais” e introduziram medidas mais severas em Xangai, quase sete semanas após a introdução de um bloqueio em toda a cidade. Hoje, autoridades d Xangai anunciaram que pretende reabrir amplamente a cidade a partir do dia 1 de Junho.

O produto interno bruto da China cresceu 4,8% no primeiro trimestre. O governo tem como meta um crescimento de 5,5% para este ano, no que é a previsão da taxa de crescimento mais baixa em três décadas.

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