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Fundo Soberano de Angola liquidou 25 sociedades que controlava nas Maurícias e apresentou ganhos de 62,9 milhões de dólares

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O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) registou, em 2021, um resultado líquido de 62,9 milhões de dólares, uma descida de 16% face aos 74 milhões de dólares obtidos em 2020. A carteira de investimentos do Fundo está avaliada em 2,1 mil milhões de dólares, escreve o Jornal de Negócios.

Em termos sectoriais a carteira de investimentos líquidos do FSDEA encontra-se maioritariamente em instrumentos emitidos por entidades governamentais, 37,92%, e do sector financeiro, 30,52%.

Por regiões, a América do Norte, essencialmente a bolsa dos EUA, absorve 87% dos investimentos realizados pelo fundo do Estado angolano.

A Deloitte, que audita as contas do FSDEA, sublinha que cerca de 45% dos ativos do Fundo encontravam-se sob gestão do grupo Ninety One UK Limited, contrariando o disposto da lei, que fixa em 30% o valor máximo que pode ser alocado a uma única entidade. O auditor diz ter garantias da administração que se encontra a realizar diligências para “regularizar esta situação” referente ao exercício de 2021.

A administração dá ainda conta de ter criado a FSDEA Internacional Holding PCC, circunstância que lhe permitiu liquidar 25 sociedades que tinha criado nas ilhas Maurícias “cuja utilidade se afiguram desnecessárias à prossecução dos objetivos estratégicos que orientaram a constituição do portefólio de investimentos alternativos”.Entre os investimentos mais relevantes realizados em 2021, a FDSEA destaca a aquisição adicional de 1.250.000 acções da Pensana, em empresa mineira com sede no Reino Unido e projectos na província, por mais de dois milhões de dólares, a realização de um empréstimo obrigacionista de oito milhões de dólares para a renovação do Hotel Intercontinental, na Zâmbia, e a aquisição de 10% do capital da sociedade Ozango Mineirais, que antes pertencia à Ferrangol, por um valor não referido, assim como um suprimento de 1,5 milhões de dólares na empresa Estrela da Floresta.

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