Isaías Samakuva faz apelo aos militantes Unita reflexão e serenidade sobre os últimos acontecimentos
“Nós membros da UNITA devemos manter a serenidade e a tranquilidade para preservarmos a unidade”, referiu o actual líder do maior partido da oposição, entre outros itens relevantes para a família política da UNITA, mas que de uma maneira geral, atendendo ao contexto actual, pode se aplicar a todos os angolanos.
Quando as instituições judiciais, importantes pilares da democracia, acabam chamadas para desempenhar o seu papel, o ambiente político acaba por estar carregado e os posicionamentos ganham alguma intensidade, conforme acontece em outros Estados. O que poderá impulsionar a vários tipos de reacções, tal como as expectativas, devem ser as mais contidas, mais controladas e mais responsáveis para que o actual contexto político, em que o exercício da liberdade de expressão ganhe corpo e substância, e não resvale para o incontrolável.
Devemos todos manter a serenidade em nome da realidade concreta da nossa democracia e o respeito pela diferença e a observância dos elementares deveres de cidadania, que colocam preferencialmente acima os interesses do Estado.
Num momento como o actual em que as intervenções públicas, de militantes e não militantes, marcam o cenário político nacional, importa que todos estejamos serenos, observemos sempre o princípio da legalidade e façamos das instituições, sempre que necessário e recomendável, o ponto de partida e de chegada das preocupações, queixas ou pedidos, fazendo menção do
número 2, do artigo 177 º da Constituição da República de Angola no qual refere acerca de que as decisões dos tribunais são de cumprimento obrigatório para todos os cidadãos e demais pessoas jurídicas, e que prevalecem sobre as de quaisquer outras autoridades”.
Importa referir que as formações políticas e as respectivas lideranças devem actuar com a máxima responsabilidade no que a mobilização dos seus militantes, amigos e simpatizantes, na reivindicação ou defesa de determinados posicionamentos.
Quanto aos partidos políticos que têm por detrás das suas estruturas milhares de milhões, ou dezenas de milhares de apoiantes, que acreditam nas suas propostas, que se revêem na sua actuação, pois devem ser os primeiros a demarcarem-se de todas as acções que mancham o seu nome, a imagem e credibilidade, disse Samakuva.
E para concluir, o líder do galo negro, frisou de que não se pode esperar por um processo inteiramente perfeito, a contento de todas as partes, sendo o mais importante a existência de condições para que todos os intervenientes actuem em pé de igualdade.
“Serenidade, responsabilidade e, se necessário, recurso às instituições do Estado são os melhores antídotos para o jogo democrático”.
