Secretário-geral da NATO, Jens Soltenberg
O número de forças militares de prontidão no âmbito da Aliança Atlântica passará a ser de 300 mil, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia. “É a maior revisão da nossa defensa e dissuasão colectiva desde a Guerra Fria”, disse o secretário-geral da NATO, Jens Soltenberg.
As declarações do secretário-geral da Aliança Atlântica foram feitas algumas horas antes de alguns líderes do G7, que estão reunidos na Alemanha, se juntarem, em Madrid, para a Cimeira da Nato, centrado no conflito na Ucrânia e no futuro da Aliança militar de defesa do Atlântico.
Transformar a força de resposta rápida da NATO, que, atualmente, tem cerca de 40.000 soldados, é apenas uma das respostas dos 30 Estados-membros da Aliança Atlântica à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Os líderes também vão discutir planos para reforçar o flanco leste da NATO, delinear um novo modelo de força militar, anunciar decisões de financiamento e publicar um “Pacto Estratégico” que define a estratégia da NATO para os próximos anos, de acordo com fontes da Aliança Atlântica.
A última revisão de um documento estratégico foi em 2010, numa altura em que as relações com a Federação Russa eram bem mais cordiais.
A versão que vai ser apresentada “deixará claro que os aliados consideram a Rússia como a ameaça mais significativa e directa à nossa segurança”, disse Stoltenberg em conferência de imprensa.
O documento incluirá, e pela primeira vez, a visão da NATO sobre a China, que é tida como um desafiante, embora os Estados-membros ainda não tenham definido a linguagem exacta que será usada para expressar esta nova atitude da Aliança Atlântica face à potência, também militar, asiática.
Stoltenberg adinatou que espera que o documento aborde “os desafios que Pequim representa para nossa segurança, interesses e valores”.
Na Alemanha, Biden e outros líderes do G-7 – seis dos quais são chefe de Estado e de Governo de países membros da NATO (a excepção é do Japão) – concordaram, em comunicado, “continuar a fornecer apoio financeiro, humanitário, militar e diplomático, e permanecer com a Ucrânia o tempo que for necessário”.