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Morreram pelo menos 37 imigrantes na fronteira de Marrocos com o enclave espanhol de Melilla

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Pelo menos 37 pessoas morreram depois que milhares de imigrantes tentaram forçar a cerca na fronteira entre Marrocos e o enclave espanhol Melilla.

Calcula-se que cerca de dois mil imigrantes tenham invadido a área de fonteira, na sexta-feira e 500 tenham conseguido entrar numa área de controle de fronteira, depois que uma cerca de com barras de ferro ter sido cortada com tesouras. O que se assistiu a seguir terá sido de uma violência sem precedentes.

“Foi como uma guerra, estávamos a segurar pedras, pequenas pedras, para combater os militares marroquinos, que nos espancaram por qualquer meio, com paus”, disse um emigrante sudanês de 20 anos num centro de detenção dentro de Melilla.

Mas as autoridades marroquinas disseram que os indivíduos morreram como resultado de uma “debandada”.

Organizações de direitos humanos, incluindo a Amnistia Internacional e a Walking Borders, pediram uma investigação imediata e acusam as autoridades de terem agido de forma desproporcional.

A fundadora e porta-voz do Walking Borders, Helena Maleno Garzón, adinatou que o número de mortos está nos 37 e alertou que “não são definitivos e podem continuar a aumentar”.

Esteban Beltran, diretor da Amnistia Internacional em Espanha, disse que “embora os migrantes possam ter agido com violência na tentativa de entrar em Melilla” quando se trata de controle de fronteiras, não vale tudo, e que “os direitos humanos de migrantes e refugiados devem ser respeitados e situações como essa não podem acontecer novamente.”

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