Economia

São 600 mil milhões de dólares para competir com o Belt and Road Initiative da China. Angola entra no plano

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Na reunião dos G7, que decorre na Alemanha, mais concretamente nos Alpes da Baviera, coube ao presidente dos Estados Unidos anunciaram uma iniciativa que tem como objectivo contrabalançar a influência chinesa no mundo.

Para Angola, estão previstos dois mil milhões de dólares para impulsionar a energia solar no país.

“O mundo e todas as nações estão num ponto de inflexão genuíno na história. A tecnologia tornou o nosso mundo mais pequeno, mais imediato e mais ligado. Abriu oportunidades incríveis, mas também acelerou desafios que impactam todos nós: gerir as necessidades globais de energia, enfrentar a crise climática, lidar com a propagação de doenças”, foi assim que Joe Biden começou para anunciar o plano do G7.

São 600 mil milhões de dólares para impulsionar a economia nos países em desenvolvimento, de modo a fortalecer a economia global e as cadeias de abastecimento em todo o mundo.

É, então, uma resposta à iniciativa ao Belt and Road Initiative da China, visando, também neste caso, os países mais vulneráveis de África e a América.

E há já dois projectos confirmados, um para Angola, de dois mil milhões de dólares para a implementação do sistema fotovoltaico – o Governo tem vindo a trabalhar neste sector com o anúncio de uma relevante infra-estrutura em Benguela ainda antes das eleições gerais de 24 de Agosto -, e um outro de 3,3 mil milhões de dólares para construir um complexo industrial no Senegal para a produção de vacinas.

“Hoje, lançamos oficialmente a Parceria para Infraestrutura e Investimento Global. Entre nós, temos dezenas de projetos já em andamento em todo o mundo”, disse o presidente norte-americanos na Alemanha, e adiantou “pretendemos mobilizar cerca de 600 mil milhões de dólares até 2027”, no conjunto dos sete países do grupo, os Estados Unidos vão contribuir com 200 mil milhões entre fundos públicos e privados.

Os investimentos centram-se em áreas como a Saúde, o Digital, as questões de género, o clima e a segurança energética.

“Por exemplo, o governo dos EUA acabou de facilitar uma nova parceria entre duas empresas americanas e o governo de Angola para investir dois mil milhões de dólares na construção de novos projectos solares em Angola. É uma parceria que ajudará Angola a cumprir os seus objectivos climáticos e as suas necessidades energéticas, ao mesmo tempo que cria novos mercados para as tecnologias americanas e bons empregos em Angola e, suspeito, em toda a África”, disse o presidente norte-americano.

De acordo com uma nota da Ministério das Relações Exteriores de Angola, “o anúncio histórico” feito pelo Presidente dos Estados Unidos “é uma demonstração evidente de que o Governo de Angola é um parceiro forte e fiável para cooperação imediata e futura”.

“Demonstra claramente que o Governo do Presidente João Lourenço é um aliado estratégico sério e é a aposta firme dos Estados Unidos e do G7 para governar Angola”, pode ler-se na nota do MIREX.

Que diz ainda que “este pronunciamento histórico sobre Angola feito este Domingo, 26 de Junho na Cimeira do G7 pelo Presidente Joe Biden, é um triunfo da Diplomacia e da Política Externa de Angola, pois, as recentes reuniões em Washington e em Luanda, resultaram neste anúncio histórico!.”

Em vésperas de eleições este anúncio do presidente dos Estados Unidos não deixará de ser sublinhado pelo Governo angolano e pelo Presidente recandidato ao cargo.

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