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Em declarações à agência portuguesa de notícias Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) manifestou expectativas positivas para a XXVII Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP: “Vai ser muito útil porque eu vou poder explicar a visão portuguesa e vou ter oportunidade de ouvir, da parte dos meus colegas, num clima de confiança, aquilo que são as suas maneiras de ver esta situação”.
Recorde-se que na última reunião ao mais alto nível da CPLP, e quando já decorria a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, não foi possível concertar uma posição comum, o que não tem de acontecer, mas Cravinho disse que “nem foi alguma vez proposto” que se adopte “uma resolução”, mas confirmou que irá trocar impressões com os homólogos lusófonos sobre a invasão russa da Ucrânia, destacando “as suas consequências em termos de segurança alimentar”, pois “obviamente que é algo que preocupa a todos”.
Para o ministro, Portugal não é “uma voz isolada”, referindo que basta olhar “as posições adoptadas por Timor-Leste e por São Tomé” e Príncipe, para se ver “uma convergência absoluta”.
Em relação a outros países, Gomes Cravinho admitiu que há “diferentes perspectivas, mas a CPLP é uma comunidade em que há grande confiança, proximidade e diria mesmo intimidade entre as partes e, tal como em famílias, permitem-se divergências de opinião, sem que isso ponha em causa a essência do relacionamento”.