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UNITA promete reagendar a marcha contra a falta de “igualdade de tratamento no processo eleitoral” e crítica a posição do GPL

De acordo com responsável, o desfile, integrando grande parte dos partidos da oposição (UNITA, CASA-CE, PRS, Bloco Democrático) e o projecto político PRA-JÁ Servir Angola, visava lançar um alerta às instituições que estão envolvidas no processo eleitoral, pedindo o cumprimento da legalidade e igualdade de tratamento de todas as forças políticas.

“Todos devem obedecer à lei, a polícia, a Comissão Nacional Eleitoral, a comunicação social, os serviços secretos. Angola é um Estado democrático e de Direito, as ações devem basear-se na lei e na legalidade”, disse.

No que diz respeito à comunicação social pública, queixou-se da distribuição desigual entre a cobertura dada ao governo e ao MPLA, que disse ocupar “quase 80%” na Televisão Publica de Angola, na Rádio Nacional de Angola e no Jornal de Angola, o que levou a oposição a juntar-se no protesto. Aliás, quem assistiu hoje à Jornal da Tarde da TPA pode constatar que nos 30 minutos dedicados à campanha eleitoral, não houve um minuto sequer atribuído à UNITA, sendo que passaram pelo jornal, com directos dos locais de campanha, o MPLA, a CASA-CE ou o PHA de ‘Bela’ Malaquias, por exemplo.

E o director de campanha da UNITA prossegue, mas suas declarações à Lusa: “É uma marcha de toda a oposição, todos estão excluídos neste processo, todos os que se opõem ao MPLA, e foi isto que nos fez unir para dar recados a quem de direito”.

O responsável da UNITA destacou que foi dado conhecimento antecipado ao GPL sobre a marcha para que fossem criadas “as condições necessárias”, classificando como “desculpas” e “subterfúgios” os argumentos apresentados para rejeitar a iniciativa.

Num comunicado, as autoridades de Luanda recomendaram a não realização do desfile, por considerarem que existe “risco de comprometer a segurança e ordem pública”, não só por estarem convocadas duas marchas para o mesmo dia, com horário e itinerário coincidentes, mas também por constarem “projetos políticos não aprovados pelo Tribunal Constitucional” que não vão concorrer às eleições, “não tendo por isso legitimidade de exigir igualdade de tratamento no processo eleitoral”.

Alcino Kuvalela disse ainda que outra da justificação, que não foi referida no comunicado enviado aos jornalistas, foi o facto de a carta enviada ao GPL não ter sido assinada pelo secretário provincial do partido, e sim por um dos seus adjuntos, o que o dirigente da UNITA questiona já que também a resposta do GPL não foi assinada pelo director provincial.

Afirmou também que está anunciada para sábado uma marcha de apoio ao MPLA, perguntando: “Esta pode sair?”

Alcino Kuvalela disse ainda que à data em que o protesto da oposição foi comunicada ao GPL não era conhecida nenhuma informação sobre a marcha do MPLA, no âmbito da campanha política, com início no Porto de Luanda e final da Nova Marginal.

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