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Comissária europeia diz que “é simplesmente nojento” assistir à destruição dos celeiros ucranianos

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Durante um colóquio organizado hoje pelo Instituto de Finanças Internacionais, a líder comunitária culpou o Exército russo pela alegada destruição de celeiros e armazéns de alimentos, durante invasão militar da Ucrânia. McGuiness descreveu o caso como “criminoso”.

“É simplesmente nojento, porque posso ver os rostos de mulheres e crianças de todo o mundo que vão sofrer por esse crime de destruir reservas de grãos”, indicou a irlandesa, poucas horas antes de a Comissão Europeia apresentar um plano para facilitar o transporte de produtos agrícolas ucranianos.

Com esta proposta, Bruxelas pretende ajudar Kiev a evitar o bloqueio da Rússia aos principais portos comerciais do mar Negro, e promover o transporte rodoviário e ferroviário de produtos da Ucrânia, através dos Estados-membros da União Europeia (UE).

“A minha preocupação é com a fome no mundo, com aqueles que não têm meios para se alimentar. E (o chefe de Estado russo) Vladimir Putin é responsável pela sua fome. Mas nós também somos responsáveis para que o pior não aconteça. Pedi aos meus colegas da Comissão para fazer tudo o que pudermos”, adiantou McGuiness, que, recorde-se, é de um país conheceu a fome, a Irlanda, que o que lhe imposto por outro país, a Inglaterra.

No entanto, a comissária também admitiu que o Executivo Comunitário deve “em algum momento olhar além do imediato”, e pediu para tomar nota da crise alimentar resultante da guerra na Ucrânia para o futuro.

“Às vezes tomamos as nossas melhores decisões nos momentos mais difíceis. E não gosto que façamos isso, embora, por outro lado, esteja feliz por pelo menos aproveitar essas oportunidades”, esclareceu.

Além disso, McGuiness recusou-se a estabelecer um prazo para um eventual embargo da UE ao gás russo, pois ainda existem “diferenças de opinião” entre os países.

No entanto, a comissária assegurou que todos os Estados-membros têm o mesmo objetivo.

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