Poder

Ditador da Guiné Conacri autorizado a sair do país

Ditador da Guiné Conacri autorizado a sair do país

Significa que aquele país africano não dispõe de recursos médicos para atendê-lo em solo guineense, daí a necessidade de autorizar a sua ida ao estrangeiro.

Tratando-se de questões de saúde, já que está em causa o bem vida, compreende-se as razões que levaram as novas autoridades, ainda que pressionadas pela CEDEAO, a aceitar o pedido de Alpha Condé. Ou, num outro ângulo de leitura, a Junta militar no poder receia ser responsabilizada caso o octogenário ex-PR venha a morrer no país, o que poderia criar um clima de instabilidade política e social à conta do deposto estadista.

No entanto, este gesto humanitário levanta alguns questionamentos sobre o antigo ditador da Guiné Conacri que, como se sabe, esteve 11 anos no poder, mas não criou condições de saúde e de assistência médica no seu país, de forma a evitar o recurso ao estrangeiro.

Infelizmente, este problema é extensivo a quase generalidade dos líderes africanos que, ao invés de aproveitarem os recursos financeiros do seu país, eles deixam as populações entregues à sorte, o que origina um elevado índices de mortes por doenças curáveis.

De acordo com a RFI, a saída de Alpha Condé da Guiné Conacri acontece numa altura em que a justiça do seu país acaba de ordenar a abertura de um inquérito sobre os crimes que terão sido cometidos durante o seu mandato.

Segundo organizações de defesa dos Direitos Humanos, os seus últimos anos no poder foram marcados por uma viragem autoritária, especialmente a partir de 2019, quando os protestos contra a sua reeleição em 2020 para um terceiro mandato foram severamente reprimidos com um balanço de dezenas de mortos e detenções.

Recorde-se que antes da sua defenestração, Condé havia condecorado o PR de Angola, João Lourenço, em visita àquele país.

Related Articles

Back to top button