Em análise sobre o relatório do Centro Africano de Estudo Estratégico sediada nos estados unidos que considerou as eleições deste ano como sendo um mera formalidade para se manter no poder, o analista politico disse que tem sido recorrente a prática de violação das regras por parte do partido governante para permanecer no poder.
José Gama recordou que na véspera das eleições gerais de 2017, o governo norte americano produziu um relatório com recomendações do que o governo angolano devia fazer nas eleições deste ano, apontando na época, o posicionamento da comunicação social que não dá o mesmo tratamento aos outros concorrentes.
“Em 2017, os americanos produziram um relatório dando algumas recomendações daquilo que deveriam fazer ou que deviam ser feitas nas eleições de 2022, e este parecer do departamento norte-americano apontava para necessariamente o papel que desempenha a comunicação social em Angola em períodos eleitorais que acaba por enveredar por um desequilíbrio, não dando espaço à outros concorrentes”.
Para o analista politico, o relatório publicado pelos norte-americanos é uma forma de reconhecimento de que “há alguma disparidade e politica do vale tudo em Angola”, salientando que com isso, os analistas e membros do referido centro de estudos estratégicos já estão de certa forma a prevê que o país terá “uma eleição eivada de desequilíbrio e também manchadas com actos de desonestidade”.
Por outro lado, o também director do Club K, defendeu que os sinais de uma possível fraude eleitoral observado pelo referido centro de estudo poderá fazer com que o governo norte-americano impeça que Angola mergulhe numa fraude eleitoral nas eleições marcadas para o próximo mês de Agosto.
“Estes sinais, indicam que Angola pode observar aquilo que os Estados Unidos fizeram com a Zâmbia. Os Estados Unidos, impediram que a Zâmbia mergulha-se numa fraude eleitoral porque três dias antes do pleito eleitoral, fizeram sair um comunicado ameaçando que aplicariam sanções contra todos elementos que perturbassem o processo eleitoral, que praticassem actos de corrupção eleitoral ou também agressão contra os opositores”. Disse José Gama
Em conclusão, José Gama apelou as autoridades angolanas para que se mantém alerta aos sinais de modo a se “ter uma eleição honesta e transparente para não transmitir ao mundo uma mensagem com actos que possam representar uma subversão promovida pelo próprio estado, defraudando a vontade do povo”.