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Jornalista William Tonet considera que o país vive uma ditadura encubada e perigosa

Jornalista William Tonet considera que o país vive uma ditadura encubada e perigosa

Em analise sobre a conferência de imprensa que o presidente João Lourenço concedeu na manhã dessa quinta-feira,05, à alguns órgãos de comunicação social, no jornal da Camunda News, William Tonet, considerou ser decepcionante a selecção de órgãos, sobretudo pelo facto de João Lourenço ter anteriormente dito que não faria o que é apologia do seu consulado.

“Foi de facto uma grande decepção, porque o presidente disse que não faria o que tem sido a apologia do seu consulado. Ele diz que não vai fazer uma coisa e faz precisamente isso. O principio da discriminação e exclusão fazem parte da bandeira do governo do presidente João Lourenço”.

O jornalista, afirmou ainda que o país não vive uma democracia, salientando que a atitude da presidência da república em selecionar apenas alguns órgãos para a conferência de imprensa, denota e reafirma que “nós estamos a viver uma ditadura encubada”.

“Em democracia, a exclusão de parte daqueles que podem espalhar a mensagem, configura uma ditadura (?). Nós não estamos de facto em democracia, esse exercício infeliz da presidência da república de excluir e só ter órgãos que estão sobre a sua órbita, denota e reafirma nós estamos a viver uma ditadura encubada perigosa para além de perniciosa”. Afirmou o jornalista

William Tonet afirmou não existir transparência na seleção dos órgãos da conferência de João Lourenço, salientando que o chefe de estado privilegiou alguns órgãos preparando as perguntas.

“O problema é que não há actos transparentes e existe normalmente esse ruido. O presidente privilegia quem vai falar, prepara as perguntas que vai dizer e depois continua a imiscuir-se nos partidos na oposição”.

O analista, diz ainda que o presidente da república fez uma conferência de imprensa para “defender os ricos e ofender os pobres, ofender os desempregados”, e pede responsabilidade ao presidente da república.

“O presidente fez uma conferência de imprensa para defender ricos e ofender os pobres, ofender os desempregados, ofender os jovens que não têm escola, não têm hospitais. Pede-se responsabilidade e higiene intelectual à um presidente da república em fase de crise”.

O também director do semanário Folha 8 diz que “não é sinal de fraqueza quando os partidos decidem coligar-se, mas sim, sinal de democracia.

“Não é por exemplo, sinal de fraqueza quando os partidos decidem coligar-se, é sinal de democracia. O presidente nota que tem uma dificuldade na interpretação histórica”.

De referir que o presidente da república, João Manuel Gonçalves Lourenço concedeu uma entrevista colectiva com apenas cinco órgãos de comunicação social que tiveram a obrigatoriedade de enviar as perguntas antecipadamente ao gabinete de comunicação e marketing da presidência da república.

No comunicado de imprensa, a presidência da república afirmou que os outros órgãos de informação poderão ser selecionados nas próximas entrevistas.

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