Segundo Proner, a candidatura de Sheinbaum é notável não apenas pelo fato de ser uma mulher, mas pela forma como foi conduzida e pelo modelo do partido, o Morena, que representa.
“Claudia é também uma referência no campo universitário, na pesquisa aplicada de políticas públicas, é uma gestora pública. Tínhamos certeza da força da sua candidatura, que, a meu ver, tem muitos ensinamentos a oferecer ao Brasil, não só por ser mulher, mas pela maneira como o partido, o movimento Morena, foi conduzido, um partido que busca o diálogo, a conversa direta com o povo nas ruas, nos comitês de bairro, é um modelo diferente do que estamos habituados aqui no Brasil, mesmo com partidos de esquerda como o PT, que se distanciou bastante da base e da população”, afirmou Proner.
Ela destacou o nível de pressão enfrentado pelos países da América Latina por parte das elites e da mídia, apontando a necessidade de um novo modelo político. “A América Latina sofre uma pressão das mídias, das elites corporativas, da elite financeira. Precisamos de um modelo político diferente, e não estou criticando especificamente um partido, mas há lições a aprender”, disse.
Segundo Proner, a vitória de Sheinbaum não foi um acaso, mas sim resultado de uma campanha bem organizada e fundamentada. “Ela venceu fazendo um tour nacional, com uma organização de campanha que ela mesma escreveu, os princípios do Morena foram definidos por ela. Ela é a construtora, a idealizadora da carta de princípios do Morena. Ela tem um selo próprio, marcas distintas, com origem na área ambiental e acadêmica”, concluiu.