A nova medida incentiva os investimentos para atualizar o parque industrial brasileiro
O mecanismo que permite às empresas antecipar receitas estimula a modernização do equipamento industrial nos próximos anos. Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 38% das máquinas no parque fabril do país estão perto ou já ultrapassaram o fim do ciclo de vida estabelecido pelos fabricantes.
“O sistema de depreciação acelerada é crucial para a renovação do parque industrial brasileiro, que está envelhecido. O setor enfrenta dificuldades para se renovar devido às altas taxas de juros e à escassez de crédito. Esse instrumento é necessário para aumentar a competitividade”, afirmou o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Igor Rocha, em entrevista ao Metrópoles.
Para Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, a depreciação acelerada também deverá contribuir para a criação de empregos. “As principais economias do mundo utilizam a depreciação acelerada precisamente por sua capacidade de estimular investimentos e impulsionar o crescimento econômico, com impactos positivos na geração de empregos”, explicou.
O projeto foi sancionado na última terça-feira (28) em uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença de ministros e representantes do setor privado. “O governo ouviu, o presidente enviou o projeto, o parlamento aprovou e a indústria saiu ganhando”, afirmou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB).
