SADC debate estratégia para lidar com ataques terroristas no norte de Moçambique
A reunião que se realiza, no formato virtual, a partir de Pretória, África do Sul, acontece dois dias depois do último ataque violento dos jihadistas, e tem como objectivo analisar também as implicações orçamentais inerentes à prorrogação da referida missão.
Na Reunião Extraordinária do Comité Ministerial do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança da SADC, a delegação angolana, que participa a partir de Luanda, é chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António.
A Missão da SADC em Moçambique chegou ao terreno em 09 de Agosto de 2021 para “combater actos de terrorismo e extremismo violento na Região Norte da província de Cabo Delgado” com um mandato inicial até ao fim a 15 de Outubro de 2021.
A província moçambicana de Cabo Delgado é rica em gás natural. Enfrenta, desde 2017, acções terroristas sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
De acordo com as autoridades moçambicanas o conflito já causou mais de 3.100 mortes e mais de 817 mil deslocados.
Desde Julho, num ataque das tropas governamentais com apoio do Rwanda, a que se juntou, a SADC permitiu recuperar várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde Agosto de 2020.
Integram a SADC África do Sul, Angola, Botswana, Ilhas Comores, República Democrática do Congo, Lesotho, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seychelles, Eswatíni, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.