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Litígio na IURD: Bispo Alberto Segunda apela a intervenção do Presidente João Lourenço para mediar conflito

Bispo Alberto Segunda apela a intervenção do Presidente João Lourenço para mediar o conflito

Depois de na semana finda a Igreja Universal do Reino de Deus, ter feito a abertura dos templos, permitindo deste modo que os fiéis voltassem aos cultos, a igreja liderada pelo Bispo Alberto Segunda, foi confrontada com uma nova ordem de encerramento, desta vez, da parte do Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos (INAR), que na visão dos bispos e responsáveis da igreja fundada pelo Bispo Edir Macedo viola, de forma flagrante, uma ordem judicial.

Alberto Segunda disse que sempre acreditou e continua a acreditar nas instituições do Estado, reconhecendo o empenho para a realização do Estado Democrático e de Direito, embora duvida da idoneidade do INAR em função da maneira como está a dirigir o processo da restituição do património da Igreja que, para o Bispo deixa evidente sinais de favoritismo a uma das partes, principalmente, ao desrespeitar as decisões saídas do Tribunal no dia 31 de Março do ano em curso.

“O acórdão proferido pelo Tribunal determinou o levantamento da apreensão dos templos por entender não se justificar a manutenção dessas apreensões”, explicou, referindo mais adiante que, tal como notou o tribunal, durante a leitura do acórdão, não lhe cabe, no âmbito da jurisdição criminal, aferir da legitimidade da direcção da Igreja.

Durante a conferência de imprensa, o Bispo Alberto Segunda acusou mesmo o Director Adjunto do INAR, Ambrósio Micolo de se ter pronunciado de forma errada ao afirmar que a sua instituição poderia efectuar a entrega dos bens apreendidos à liderança reconhecida pelo INAR.

“Tudo porque existem dezenas de processos cíveis para clarificar essa situação, o que determinou o levantamento da apreensão e, a consequente, restituição aos possuidores”.

Neste sentido, apelou o Bispo da IURD, que as autoridades públicas, policiais e, até mesmo, o Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos devem respeitar a decisão judicial que restituiu os templos, por ser uma decisão soberana e não pode ser desrespeitada por outras instituições ou autoridades do Estado.

E acrescentou mais: “Esta decisão nem pode ser fruto de ‘interpretações’ contrárias ao que está descrito, sob pena de estarmos perante a ilegalidades e injustiças que podem pôr em causa o Estado de Direito”, notou.

Entretanto, no final, o Bispo Alberto Segunda deixou um apelo ao mais alto magistrado da Nação, o Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, no sentido de mediar este conflito que já se arrasta há dois anos, principalmente, porque a Igreja Universal e as centenas de milhares de fiéis há muito que ansiavam pela reabertura dos seus templos para poderem exercer livremente e, em condições condignas o culto religioso.

“Gostaríamos que o Presidente da República, desse uma atenção especial aos mais de 500 mil fiéis que a Igreja Universal tem neste momento e que clama por justiça e que ajudasse na mediação desse conflito”, pediu o Bispo, garantindo ser importante que a igreja tenha os templos abertos, na medida em que a justiça foi feita, o pronunciamento do juiz é claro ao dizer que não há provas de que os que estavam no banco dos réus cometeram os crimes dos quais eram acusados e que os fiéis precisam orar por Angola, pelas eleições gerais que acontecerão em Agosto e, acima de todos, pelos angolanos de Cabinda ao Cunene.

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