Indústria

Grupo carrinho Empreendimentos é o novo dono do proprietário do BCI com 100% das acções

Grupo carrinho Empreendimentos é o novo dono do proprietário do BCI com 100% das acções

Zenaida Zumbi, Presidente do Conselho de Administração (PCA), do BCI, acredita que o Estado Angolano vai poupar mais de 40 mil milhões Kwanzas com privatização histórica do BCI que com a privatização em leilão em bolsa do Banco de Comércio e Indústria (BCI), ganha pelo grupo angolano Carrinho Empreendimentos, o Executivo poupou mais de 40 mil milhões Kwanzas.

A operação foi realizada esta sexta-feira, 17, na da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA). Desta forma, dentre os bancos públicos, o Estado passa a ser accionista único, com 100%, apenas no Banco de Poupança e Crédito (BPC).

Naquela que foi a primeira venda no País de uma empresa através de um leilão em bolsa, as 100 mil acções do BCI foram vendidas no valor de 165 mil Kwanzas, totalizando 16,5 mil milhões Kwanzas o equivalente a 29,3 milhões USD.

“Fruto deste trabalho foi possível não termos feito a segunda parcela do aumento do capital que ascendia a 26 mil milhões Kwanzas o que para nós enquanto banco poupamos ao Estado cerca de 27 mil milhões Kwanzas, e estamos a ver que, o Banco tem um valor para o accionista que ascende a 42 mil milhões”, afirmou Zenaida Zumbi, PCA do BCI.

Entretanto, Zenaida Zumbi acredita que o BCI poderá ser um dos grandes players no sistema financeiro nacional e competir entre os 10 melhores.

Otoniel dos Santos, Secretário de Estado para as Finanças e Tesouro acredita que este acto representa o culminar de um caminho que é longo e que ainda não atingiu o seu fim.

“Foram 22 ordens de compra que conseguimos testemunhar neste leilão, foi um valor de venda de 16,5 mil milhões Kwanzas, acima daquilo que estava inicialmente previsto para a venda, e é um acto que de demonstra que é possível, por essa via, fazer uma venda de forma transparente e de forma que todo mundo se sinta confortável com o desfecho”, afirmou.

Segundo Otoniel dos Santos, o BCI já vinha de uma trajectória negativa que necessitava de receber aportes por parte do acionista, que permitissem ter os níveis mínimos e aceitáveis pelo BNA, e por isso, o banco recebeu da parte do Estado um aporte acima de 30 mil milhões de Kwanzas para cumprir com os rácios estabelecidos pelo Banco central.

“Entretanto, seriam necessários mais 27 mil milhões Kwanzas, e este valor não foi prestado pelo Estado enquanto accionista, portanto, a equipa do BCI e todas as entidades envolvidas no processo de ajustamento da operação do banco conseguiram poupar nesta operação 27 mil milhões Kwanzas ao estado”, explica.

Aos 27 mil milhões Kwanzas, somam-se os 16,5 mil milhões, ou seja, cerca de 43,5 mil milhões Kwanzas que o Estado arrecada com a privatização do BCI, que segundo Otoniel dos Santos representam um ganho superior em relação aos custos que o Executivo teve de realizar com a capitalização do BCI.

Na ocasião, Walter Pacheco, PCE BODIVA garantiu que o banco passou por quase todas as fases que uma empresa tem de passar para se listar em bolsa, garantindo que o BCI tinha uma boa governação e contas auditadas.

“Embora o prospecto seja simplificado, o sinal que o BCI transmite é que é possível”, afirmou Walter Pacheco. O Grupo Carrinho Empreendimentos é o novo dono da instituição bancária fundada em 1991 e que conta com uma rede de distribuição de 82 balcões e 31 postos de serviço.

Até o segundo semestre deste ano o banco registou lucros, mas os dados do balancete individual do terceiro trimestre revelam que o BCI registou prejuízos de 2,3 mil milhões.

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