Hiper e Supermercados Kero entregue pelo Grupo Comercial Anseba
Segundo a Informação que foi divulgada ontem no site oficial do ministério das finanças, assinatura do contrato foi feita por Domingos Francisco e Miranda Cassule, pelo Grupo Zahara, enquanto pelo Grupo Anseba rubricou o contrato Kalab Berhe. A cerimónia, teve lugar na sala de reuniões do Ministério das Finanças, foi testemunhada pela Secretária de Estado para a Economia e pelo Secretário de Estado para a Indústria.
A rede de lojas Kero, anteriormente pertencia ao grupo Zahara e que passou à esfera do Estado no âmbito do PROPRIV, passa assim a ter os seus direitos de exploração e gestão detidos pelo Grupo eritreu Enseba.
Para o secretário de estado para as finanças e tesouro, Ottoniel dos Santos, o contrato que foi formalmente assinado, representa um importante marco para a continuidade da operação de uma das principais redes de hipermercados a nível do país, bem como para o fomento do sector da distribuição e logística.
“Mais uma vez, o IGAPE concretiza a sua missão por meio da assinatura de contractos de adjudicação, a favor de empreendedores privados, de um activo de natureza empresarial detido pelo Estado, no sector da indústria e comércio”, disse Ottoniel dos Santos.
“Procedemos à assinatura do Contrato referente a adjudicação da rede de hipermercados Kero, para a exploração e gestão durante 10 anos, sem opção de compra, que inclui 12 lojas, com seis mil metros quadrados de área de venda em média, das quais oito (08) estão localizadas na província de Luanda e 04 nas restantes províncias, isto é, Benguela, Huila e Huambo”, acrescentou.
De recordar a rede loja Kero foi entregue para tutela do ministério da indústria e comércio no dia 12 de outubro de 2020 de acordo com dados do Despacho Presidencial 168/16 de 8 de Junho sob determinação da Procuradoria-Geral da república.
No entanto, a rede de supermercado Kero é considerada em meios empresariais como uma das empresas que mais beneficiou de privilégios ou incentivos fiscais por parte do antigo executivo de José Eduardo dos Santos.
Em 2013, havia rumores de que o Kero, “não pagava os direitos alfandegários, nem impostos ao estado”. A lei angolana determina que nenhuma empresa pode beneficiar de impostos alfandegários mesmo que sejam importações para o sector de defesa e militar, a não ser material bélico.
O Kero beneficiou de isenção no imposto industrial que obriga as sociedades comerciais a pagarem 30% dos seus lucros ao Estado angolano, quando para as actividades de explorações agrícolas, aquícolas, avícolas, pecuárias, piscatórias e silvícolas a taxa é de 15%.