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As promessas do Presidente da República e a falta de um Sistema Nacional de Saúde

As promessas do PR e a falta de um SNS

A informação é bem-vinda, embora a mesma tenha sido dada num contexto eleitoral, o que levanta fundadas suspeitas de que o presidente João Lourenço esteja inclinado a piscar o olho ao eleitorado.

Embora o país necessite de muitas unidades de saúde e quadros do sector, como de pão para a boca, a emergência dessas unidades de saúde poderão não ser totalmente eficazes no sentido de dar resposta às inúmeras «doenças» de que padece o sector em referência.

À vista desarmada é fácil concluir que as enchentes nos hospitais de referência resultam, em grande parte, da falta de uma cadeia de serviços primários e secundários.

Em rigor, não dispomos de um Sistema Nacional de Saúde (SNS) que comece na base, ou seja, nos centros de saúde nos bairros e municípios com capacidade para resolver os casos mais simples em matéria de saúde como, por exemplo, o despiste da malária, a medição da tensão arterial ou uma dor de cabeça. À falta de assistência nessas unidades de base, a tendência é de os pacientes acorrerem às unidades de referência, até para tratar de uma simples dor de cabeça…

Daí que só um investimento sério em unidades primárias e secundárias, com recursos humanos e meios técnicos funcionais, ajudaria a reduzir a pressão sobre os hospitais terciários.

Investir em unidades de referência em detrimento da periferia não resolve o problema, é como que tapar o sol com a peneira.

É caso para perguntar se o Presidente da República continua a enxergar a árvore pela rama…

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