Ontem, 03/05/2020, assistimos e ouvimos o cidadão Abel Chivukuvuku, em entrevista concedida pela Tv Zimbo, durante o jornal da noite, a afirmar que em ANGOLA existe apenas “três partidos políticos” capazes, nomeadamente: o MPLA, a UNITA e o PRA – JÁ – SERVIR ANGOLANA mesmo não gozando de legalidade, deixando de fora o PRS, a FNLA e os demais partidos coligados na CASA – CE.
A primeira nota que eu gostaria de fazer, é de que não se pode confundir a CASA – CE com um partido político, portanto, ela não é um partido político, pois, é uma coligação de partidos políticos.
Não obstante, o cidadão Abel Chivukuvuku, quando o disse, estava consciente e passava pelo seu subconsciente, a noção real de que no país existem outras formações políticas, mas, para quem deseja convencer os cidadãos apartidários mesmo alguns partidários indecisos, a aderirem ao seu novo projecto político, desde o ponto de vista da retórica política, tinha mesmo que se pronunciar naqueles moldes.
Pelo que, de sua parte, era necessário para a consolidação da sua fé (legalização do PRÁ – JÁ, dentro de dois meses) e para voltar a persuadir todos os cidadãos que se revejam no seu perfil político, assim como, acreditam no futuro partido político de que será presidente, provavelmente.
Ora bem, foi um dizer irônico, que resulta do facto de que, em 2012, aquando a criação da CASA, os mesmos partidos políticos (FNLA e o PRS por exemplo) existiam, mas, foram ultrapassados pela coligação sob sua liderança nas eleições gerais realizadas em Agosto daquele mesmo ano.
A segunda nota, é de que, a minimização feita pelo cidadão Abel Chivukuvuku a esses dois partidos políticos principalmente, não deve ser vista como um insulto, mas, como uma chamada de atenção, uma alerta aos mesmos, para que se tornem mais operantes, mais actuais e actuantes, de modos que as suas acções tenham o impacto social de que se deseja para o jogo político democrático.
Outrossim, alerta para que a FNLA ultrapasse as suas crises internas e de liderança. Enfim, séria bom para ambos os partidos políticos, (o PRS e a FNLA), que mais do que se preocuparem em responder a provocação do cidadão Chivukuvuku, recebessem o seu parecer como uma crítica construtiva, afim de os incentivar a trabalharem arduamente, de forma que não venham a perder os seus assentos parlamentares nas próximas eleições gerais a se realizar em 2022, porque se perderem os dois acentos parlamentares de cada, poderão vir a ser extintos.