Receitas duplicam em relação ao ano passado
No período, atracaram 194 navios, transportando 740 mil e 327 toneladas de mercadoria diversa, registando-se um aumento de 25 por cento sobre os navios e 78,7 por cento em relação à carga.
As mercadorias mais movimentadas foram a carga frigorífica (pescado e marisco) e carga a granel e produtos diversos, como os da cesta básica, nomeadamente arroz, milho, trigo, açúcar, entre outros.
Referindo-se aos projectos de desenvolvimento da empresa, Janet Matana informou que o Ministério dos Transportes tem levado a cabo um processo de concessões das infra-estruturas portuárias e ferroviárias, no sentido de potenciar os Portos com maior capacidade e eficiência operacional e promover o aumento de volume de tráfego.
“Trata-se de concursos públicos internacionais, visando passar a gestão da superestrutura a operadores internacionais com renome e experiência”, explicou, elucidando que “a situação irá permitir a canalização de investimentos imprescindíveis para o aumento da capacidade técnica e maior aproveitamento operacional”.
Nesta ordem de ideias, o Porto passará de Porto senhorio, deixando de operar e actuando como fiscalizador, regulador de toda a actividade desenvolvida pelos concessionários.
Terminal mineiro
Por outro lado, Janet Matana destacou que a integração do Terminal mineiro e o Caminho de Ferro de Benguela (CFB) ao concurso do Corredor do Lobito vai permitir alavancar o comércio da região centro e sul de Angola e dos países vizinhos, promovendo o surgimento de pequenas e medias empresas directas e indirectas.
Assegurando que “esta situação vai contribuir para a criação de empregos, aumento de receitas alfandegárias e de postos diversos, auxiliando na diversificação da economia”, espera que “os estudos de viabilidade económica demonstram um maior aproveitamento das duas infra-estruturas, estando interligadas”.
Ainda no domínio da reestruturação da empresa, adiantou que está em marcha a elaboração do seu Plano Director, assim como o projecto de realização do estudo e dragagem. Entretanto, Matana aponta a pandemia como um dos principais factores de estrangulamento enfrentados pela empresa portuária.
A pandemia, que ainda afecta o comércio a nível mundial, disse, “reduziu fortemente a movimentação de carga e dificultou a aquisição de alguns acessórios para a manutenção das máquinas e equipamentos no mercado nacional”.
O Porto do Lobito, que entrou em funções em 1928, conta por esta altura na sua manobra com mil e 575 trabalhadores, dos quais 200 mulheres.