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Presidente da Renamo afirma que Morte de Mariano Nhongo não significa o fim da Junta Militar

Presidente da Renamo afirma que Morte de Mariano Nhongo não significa o fim da Junta Militar

A informação foi avançada neste fim-de-semana, em Manica, durante a celebração dos 42 anos da morte, em combate, de André Matsangaissa, fundador da Renamo.

“Não posso fazer uma declaração para enganar o mundo dizendo que a Junta Militar desapareceu com a morte de Mariano Nhongo”, afirmou o líder da Renamo.

Esta foi no entanto a primeira vez que Ossufo Momade se referiu à morte de Nhongo, cujo funeral se realizou em Nhamatanda, Sofala, sem a presença de quadros séniores da Renamo.

Nhongo, descrito como fiel ao falecido Afonso Dhlakama, era contra a liderança de Ossufo Momade e pedia a anulação dos seus actos, mas ainda assim Momade apelou aos seguidores de Mariano Nhongo a aderirem ao processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR).

O acto que teve lugar na terra-natal de Matsangaissa, e é visto, em alguns círculos de opinião, como um esforço de Ossufo Momade para ganhar simpatias das pessoas residentes nas zonas onde Mariano Nhongo tinha influência.

Na ocasião, Momade mobilizou as bases da Renamo em Manica para se prepararem, tendo em vista as eleições de 2023 e 2024 no país.

Alguns especialistas consideram também que a morte de Mariano Nhongo pode enfraquecer a junta militar, pelo que defendem a necessidade de diálogo entre eles.

Para o sociólogo André Sixpence considerou importante a iniciativa de ossufo, “Isso é importante, tendo em conta aquilo que são os objetivos da Renamo nas próximas eleições, mas mais importante ainda, é o diálogo que deve ser permanente dentro do Partido”.

Mariano Nhongo liderava um grupo de antigos guerrilheiros da RENAMO suspeito de matar 30 pessoas, desde 2019, como forma de contestar o acordo de paz assinado naquele ano, a liderança do partido, bem como as condições que lhes eram oferecidas para o desarmamento.

O antigo líder guerrilheiro dissidente da RENAMO, morreu no dia 11 do corrente mês, em combate nas matas de Sofala, centro de Moçambique cujos restos mortais foram a enterrar na passada sexta-feira (15.10)

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