Os Oficiais das forças especiais guineenses disseram neste domingo que capturaram o chefe de estado Alpha Condé, assumiram o controlo de Conacri e “dissolveram” as instituições, em um golpe que pode significar a aposentadoria de um veterano da política africana, cada vez mais isolado.
Os soldados amotinados no país da África Ocidental anunciaram na televisão estatal que o governo havia sido dissolvido em um aparente golpe de estado.
No entanto, os cidadãos Conacrinos mostra-se felizes por supostamente verem-se livre daquele que eles consideravam “ditador” durante os seus três mandatos desde 2010.
Em declarações ao Africa News, alguns cidadãos deram o seu testemunho face ao seu descontentamento com relação ao governo de Alpha Condé.
“Estamos aqui para mostrar a nossa alegria porque sofremos muito ao longo do tempo. Com o tempo, Deus nos mostrou alguém que é mais poderoso do que ele. Acima de tudo, é paciência, temos sido pacientes “, disse um residente de Conacri.
“Estou muito, muito feliz, saímos pela alegria, por isso estamos muito, muito felizes com o que ouvimos, o que vimos”, disse outro morador.
As fronteiras do país foram fechadas e sua constituição foi declarada inválida no anúncio lido em voz alta na televisão estatal pelo coronel do exército Mamady Doumbouya, que disse aos guineenses: “O dever do soldado é salvar o país”.
Entretanto, a Organização das Nações Unidas bem como outros países sobretudo a França condenaram o golpe, além da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)que condenou e ameaçou as tropas guineense-Conacrinos de sanções caso o presidente não fosse libertado.
De referir que os ministros e governos foram convocados para uma reunião nesta segunda-feira, e segundo os oficiais militares, caso não compareçam, serão sancionados.
A Guiné segue agora países como Zimbábue, Mali e Sudão, onde os militares participaram directamente da tomada de poder.