Na altura da suspensão, o juiz da causa alegou razões de «ordem técnica», mais concretamente a falta de declarantes para perseguir o julgamento.
Levy foi administrador do Lubango de 2012 a 2014, num período em que Marcelino Tyipinge era governador da Huíla, cujo nome tem sido associado a vários escândalos financeiros.
O ex-gestor é acusado da prática de crimes de peculato, violação das normas de execução do plano e orçamento, e branqueamento de capitais.
O arguido esteve detido em 2020 durante 6 seis meses, tendo beneficiado de liberdade provisória.
Na opinião pública tem causado uma certa perplexidade o facto de Marcelino Typinge não ter sido arrolado no mesmo processo, partindo do princípio que ele era a entidade máxima da província ao tempo em que ter-se-ão registados os referidos crimes. Crê-se que ex-governante não terá estado alheio às movimentações financeiras efectuadas pelo seu antigo pupilo.
Ganha alguma consistência a tese da existência de uma suposta selectividade dos alvos a abater neste tão propalado combate à corrupção e impunidade tendo em conta que o ex-governador da Huíla viu-se livre da justiça quando, em 2018, foi-lhe concedida uma imunidade parlamentar.
É caso para perguntar se a corda rebenta sempre no lado mais fraco..
Fonte: Camunda News
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