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Movicel vai despedir mais de 50 trabalhadores nas próximas horas

Os trabalhadores, na sua maioria com mais de 4 anos na empresa, foram informados de que serão dispensados das suas actividades a partir do próximo dia 2 de Setembro deste ano.

Os despedimentos em massa estão a ser encarados pelos trabalhadores como uma «manobra» da empresa no sentido de livrar-se deles, por processos ínvios. Acreditam que e uma forma de a Movicel contornar a Lei Geral do Trabalho (LGT), uma vez que esta obriga as empresas a subscrever, ao quinto ano de serviço, contratos de trabalho por tempo indeterminado com os seus funcionários.

Segundo eles, a Movicel será useira e vezeira em procedimentos do género em estabelecer laços de precariedade laboral com os seus trabalhadores.

«A empresa rescinde sempre os contratos de trabalho, antes dos funcionários completarem 5 anos de serviço. E uma forma de a mesma fugir as suas obrigações, violando grosseiramente a lei», denunciaram os funcionários que, por razões obvias, pediram para não serem identificados.

Dizem que tem bem presentes na memoria os despedimentos de colegas seus que, em 2019, foram mandados para casa por participarem numa greve por melhores salários.

«Os trabalhadores que tinham aderido a? greve, assim como todos os membros da Comissão Sindical foram despedidos por reivindicarem os seus direitos», ajuntaram as fontes.

Esta a causar um misto de indignação e perplexidade no seio dos funcionários a postura do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), um dos accionistas da Movicel. Segundo eles, este órgão afecto ao MAPESS nada tem feito no sentido de impedir que se cometa a prevista ilegalidade.

«Esperava-se que o INSS, um órgão vocacionada para a defesa das leis do trabalho e dos interesses dos trabalhadores, tivesse uma atitude diferente», lamentaram as fontes que temos vindo a citar.

O jornal Expansão noticiou em tempos que o INSS detém 25% das acções na Movicel, os Correios de Angola (2%), a Angola Telecom (18%) e a Infrasat (12%).

Abordada há dias pela Camunda News, a directora do gabinete do PCA da Movicel, Cláudia Cardoso, remeteu o assunto para a esfera dos Recursos Humanos. Pediu para que lhe fosse enviado um email, a fim de encaminha-lo ao referido sector, o que foi feito.

Nos dias subsequentes, não respondeu as chamadas que foram feitas para o seu telemóvel nem reagiu a? SMS que lhe foi enviada.

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