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Zap anuncia despedimentos de funcionários

Em um comunicado de imprensa a que a Camunda News teve acesso, a Zap informa que tem levado a cabo “as necessárias diligências para a retoma da emissão em território nacional, e que apesar de todos os esforços, volvidos 5 meses, não se abarca um horizonte de resolução.

Sem mencionar quantos postos de trabalho estão em causa, a Zap anuncia no comunicado que se viu forçada a “proceder a várias medidas de otimização de diferentes áreas operacionais”, entre as quais consta, os recursos humanos, afetos à Unidade ZAP Estúdios, responsável pela produção de conteúdos de televisão, onde se inclui o ZAP Viva.

“Isto significa dizer que a ZAP dará início a um processo gradual de restruturação e desvinculação de um conjunto de elementos da força laboral, garantindo escrupulosamente todos os direitos dos colaboradores abrangidos na legislação angolana, que se vigora, remete a operadora na mesma nota.

Apesar dos despedimentos, a Zap garante que pretende “minimizar o impacto nas famílias afectadas e que vai “conduzir com dignidade e respeito cada processo de desvinculação implementando um programa de apoio e assistência a cada profissional abrangido.

De recordar que no dia 21 de abril, o governo angolano suspendeu os canais da Record TV África, ZAP Viva e Vida TV, medida que foram justificadas alegando existir “inconformidades legais”, deixando também assim pendentes os registos provisórios dos jornais, revistas, páginas web, site de notícias, e estações de rádio sem atividade efetiva nos últimos dois anos, cuja lista nunca foi divulgada.

Quanto a Record TV África, detida pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), por sua vez envolvida em várias polémicas e processos judiciais em Angola, o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social informou que a empresa tinha como director executivo um cidadão estrangeiro, bem como jornalistas estrangeiros que não estavam acreditados nem credenciados no Centro de Imprensa Aníbal de Melo.

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos e o Instituto para a Comunicação Social da África Austral (MISA-Angola) manifestaram preocupação face a esta decisão, por pôr em causa a pluralidade de informação por esta vir a ser veiculada apenas por canais públicos, controlados pelo estado angolano, e questionaram as leis invocadas para a suspensão.

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