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FNLA confirma possibilidade de fazer parte de uma coligação pós-eleitoral com qualquer partido menos com MPLA

FNLA confirma possibilidade de fazer parte de uma coligação pós-eleitoral com qualquer partido menos com MPLA

Mas, no entanto, mostrou-se cauteloso quanto a uma eventual adesão à Frente Patriótica Unida, por alegada falta de conhecimento sobre o “dossier”.

Questionado sobre o estado actual do partido, durante uma entrevista cedida ao Jornal de Angola, o novo líder da FNLA optou em não responder precipitadamente. Porque segundo ele ainda não está por dentro de certos aspectos, quer humanos, quer materiais e financeiros por não acontecer ainda a passagem de pastas, mas do ponto de vista de recursos humanos, Simi afirma que estão bem, pois há um grande entrosamento, pelo menos a nível dos órgãos centrais.

Nimi a Simbi, disse anda que se as coisas dentro do seu partido evoluírem, não haverá extinção da FNLA, porque segundo o mesmo, o seu partido tem bases fortes. O presidente da FNLA diz que a força que se refere é sobretudo, ao retorno de muita gente que tinha abandonado o partido.

“Posso afirmar, com toda a segurança, que, se as coisas evoluírem, não haverá a extinção da FNLA! A FNLA tem bases fortes. Acho que todos sabem da contribuição da FNLA no passado. O estado em que se encontra é consequência da crise que dividiu o partido. Grupos que não se revissem na direcção do partido não participavam e, até, recusavam a votar nas eleições. Mas, a FNLA tem bases suficientes para melhorar a prestação nas próximas eleições. Vamos nos organizar para tal”. Disse Nimi a Simbi,

Quanto a posição do ex-líder do partido, Nimi a Simbi, explicou que Lucas Ngonda e Ngola Kabangu farão parte do Comité Central e do Bureau Político porque ambos detêm uma certa experiência que pode ser benéfica para o partido.

O líder do partido dos irmãos preferiu não comentar as declarações do Pedro Dala. Na sua óptica, enquanto a pessoa está de boa-fé para resolver os problemas, é disponível.

” Só nós podemos nos encontrar para conhecermos as nossas motivações e procurarmos encontrar as soluções adequadas. Mas, o que vejo, é que o irmão Dala não quer essa via. Agora optou por fazer declarações à imprensa. Na verdade, não tenho qualquer problema com ele. O problema dele é com o irmão Lucas Ngonda, mas este já não é presidente. Se ele acha que é indo à imprensa e introduzindo dossiers no Tribunal Constitucional a melhor forma, é ponto de vista dele, não tenho nada a comentar”.

Para Nimi a Simbi a situação social e económica está péssima! A maioria das pessoas vive na miséria. A pobreza acentuou-se. Basta passar pela periferia. Acho que o Presidente (João Lourenço) não cumpriu as principais promessas feitas nas últimas eleições. Ele deve fazer muito para alterar o quadro?

“Acho que já fracassou! Não poderá resolver tudo em menos de um ano. As pessoas vivem na miséria. Antes da investidura como Presidente da República, as pessoas não viviam bem, mas a situação era melhor que a actual. Dou o meu próprio exemplo: para o pequeno-almoço, o médico recomendou-me apenas o consumo de pão integral. Antes da entrada do Presidente, comprava aquele tipo de pão a 15 kwanzas, agora custa 150! É muita diferença. Quando se vai à praça, as mamãs estão sempre a lamentar. O saco de arroz custava menos de dois mil kwanzas, agora está a 15 mil!” disse

Segundo o presidente da FNLA, acredita que que o MPLA não seja reeleito. Mas, isso também vai depender do trabalho que os partidos políticos vão realizar na mobilização dos eleitores.

Vai ser muito difícil! Hoje a visão das pessoas mudou, já não é a mesma de há dez anos. Como professor, quando converso com os estudantes, noto que a forma deles ver as coisas mudou muito.

De realçar que Nimi a Simbi foi eleito presidente da FNLA, com 297 votos, V Congresso

Em segundo lugar ficou o presidente cessante, Lucas Ngonda, com 276 votos, enquanto Fernando Pedro Gomes foi o terceiro candidato mais votado.

Concorreram também ao cargo Tristão Ernesto e Carlito Roberto.

O V congresso, decorreu nos dias 16 e 17 de setembro do corrente ano sob o lema “FNLA unidos na diversidade venceremos”, teve a participação de 459 delegados e realizou-se em sistema híbrido, presencial e virtual.

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