As autoridades sudanesas alegam que a tentativa de golpe de Estado, esta terça-feira, 21, foi arquitectada por um grupo de militares e civis, mas garantem que o Conselho Soberano e os militares têm a situação sob controlo.
Em declarações á Televisão estatal daquele país, o ministro da Cultura e Informação, Hamza Baloul, afirmou que as forças de segurança prenderam as pessoas que planearam o golpe, e que os detidos teriam sido interrogados depois de os militares controlarem o acampamento do corpo blindado a sul de Cartum.
Baloul, que é também o porta-voz do Governo, referiu que as autoridades estavam a perseguir “remanescentes” do regime de Omar Al-Bashir, e que por sua vez são suspeitos de terem participado no golpe de estado.
Abdalla Hamdok, primeiro ministro, também culpou ex-integrantes do Governo de al-Bashir, descrevendo assim o incidente como um esforço para minar a transição democrática do Sudão.
O mesmo acrescentou que o que aconteceu é um golpe orquestrado por facções de dentro e de fora das forças armadas.
Hamdok, o rosto civil do Governo sudanês, falou durante uma reunião de emergência no Gabinete, que também foi transmitida na televisão estatal, explicitando que o episódio “sublinha a necessidade de uma revisão completa, clara e transparente da transição”.