Poder

Fraudes nas vacinas podem dar até cinco anos de prisão

Polícia Judiciária (PJ) vai concentrar as investigações no caso das fraudes com as vacinas contra a covid-19 em articulação com os procuradores-gerais regionais do Ministério Público.

Os crimes que estão em causa são os de abuso de poder, recebimento indevido de vantagem e prevaricação, que podem dar entre dois a cinco anos de prisão.

A Procuradoria-Geral da República já anunciou a abertura de nove inquéritos de vacinação de pessoas não prioritárias. Dizem respeito à Segurança Social de Setúbal, ao INEM de Lisboa, ao INEM do Porto e a denúncias também feitas em Portimão, Vila Nova de Famalicão, Arcos de Valdevez, Bragança, Seixal e Montijo, e ainda à vacinação da presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes.

À Ordem dos Médicos (OM) têm chegado dezenas de denúncias sobre pessoas que tomaram a vacina sem pertencerem ao grupo prioritário. “

O caso é tão sensível que levou mesmo à saída, esta semana, de Francisco Ramos da coordenação da task force do plano de vacinação contra a covid-19 por irregularidades detectadas pelo próprio no processo de selecção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, do qual é presidente da Comissão Executiva.

Numa altura em que os dedos estão apontados a todos os possíveis incumprimentos dos critérios de vacinação, um dos nomes referidos foi o de Isabel Vaz, presidente do grupo Luz Saúde, que detém, entre outras unidades, o Hospital da Luz, em Lisboa. Outra instituição para onde se voltaram as atenções foi o Hospital de Santa Maria, que tem sido criticado por alegadamente ter vacinado médicos que já não estariam a trabalhar e até reformados. Mas a instituição nega, afirmando mesmo que terão sido vacinados “sempre trabalhadores ainda em funções”.

Related Articles

Back to top button