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“Há incerteza e medo quanto ao futuro no MPLA e isso vai fazer com que não tenham limites de moralidade”

Abel Chivukuvuku diz que

Em uma entrevista ao jornal português “Público”, quando questionado sobre a actual descredibilização que o líder da Unita, Adalberto Costa Júnior, o politico defendeu que tal facto deve-se pela incerteza e medo que o partido no poder enfrenta pela popularidade que o mesmo tem e pelo apoio que o projecto politico Frente Patriótica que ambos são membros integrantes têm tido, e por isso, receiam que o MPLA possa exceder-se.

“o nosso receio é que a diabolização aumente, até porque há incerteza e medo quanto ao futuro no MPLA e isso vai fazer com que não tenham limites de moralidade”. Defendeu o politico, acrescentando que “os indicadores dão a entender que o partido no poder está extremamente fragilizado, dividido e impopular e assiste-se a um retrocesso, com certa tendência para o autoritarismo e as instituições subordinadas ao poder executivo”.

Para Abel Chivukuvuku, o povo angolano tem demonstrado firmeza e certeza quanto ao que eles querem para o futuro face as enumeras situações e retrocesso que país tem estado a passar com a actual governação do presidente João Lourenço e afirma que isso tem “aterrorizado” aqueles que sempre apoiaram e serviram o governo.

“No antigo regime, com o Presidente José Eduardo dos Santos, os cidadãos tinham medo, as elites políticas não tinham medo. Hoje inverteu-se o quadro, os cidadãos não têm medo, está a amadurecer a opinião pública nacional, mas os dirigentes da elite política do MPLA estão completamente aterrorizados, porque sabem que o actual líder está num processo de retrocesso para o autoritarismo”. Afirmou

Abel Chivukuvuku afirmou ainda que o que tem estado a acontecer com Adalberto Costa Júnior e o seu projecto politico PRA JÁ, não é novo tendo em conta as politicas governamentais e regime que o partido no poder sempre levou acabo.

O politico e também deputado à Assembleia Nacional admitiu que já teve expectativas quanto à governação de João Lourenço aquando da sua eleição e a forma com que o chefe de estado lidava com algumas situações, porém, tudo mudou quando o estadista angolano decidiu dar continuidade nas politicas de seu partido.

“No dia da tomada de posse, João Lourenço anunciou que o modelo apropriado para Angola era o modelo chinês, de Xi Jinping. Estávamos todos distraídos, estávamos tão apaixonados por João Lourenço nos primeiros dias, e só agora compreendemos que ele está a cumprir a agenda dele que é a de seguir o modelo Xi Jinping”.

Quanto a falta de aparição dos líder dos maiores partidos na oposição nas cadeias televisivas públicas, Abel Chivukuvuku considera ser uma das politicas de “diabolização” do partido no poder por querer monopolizar os órgãos de comunicação.

“A natureza do MPLA é de agressividade. E, sobretudo, um alto grau de diabolização dos adversários. Hoje estão a diabolizar o Adalberto, a dizer que é português, que é cabo-verdiano, não estudou e algumas pessoas acreditam. Até porque nos últimos tempos há uma concentração excessiva na comunicação social. Nenhum de nós tem acesso à televisão pública e todas são públicas, já não existe televisão privada.” Concluiu ele

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