Entrevistas

UNITA afasta possibilidade de envenenamento na morte de Raul Danda

UNITA afasta possibilidade de envenenamento na morte de Raul Danda

A desconfiança de muitos de que Raul Danda possa ter sido envenenado resulta do facto de o político não ser o único “militante de peso” da UNITA que perde a vida alegadamente por doença, neste ano.

Em Janeiro, num intervalo de pouco mais de uma semana, a UNITA perdeu três altos quadro. A primeira figura a perder a vida foi o deputado e secretário provincial da UNITA no Bié, Adérito Jaime Kandambo. O mesmo morreu a 18 de Janeiro.

Enquanto a UNITA ainda procurava se recuperar da dor de uma perda considerada irreparável, surgiu a informação do desaparecimento físico do general e deputado Demósthenes Chilingutila, no dia 24.

O general cuja morte foi lamentada pela classe castrense a nível nacional, foi vice-ministro da Defesa no âmbito do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional, e foi até a sua morte, membro do conselho presidencial da UNITA.

Como se não bastasse, no início da tarde do dia 26 do mesmo mês, outro alto quadro da UNITA perdeu a vida. Trata-se do coronel Chimuanga Mangongo, antigo combatente e militante da UNITA, que, durante muitos anos na UNITA dedicou-se em missões internacionais da Organização das Nações Unidas, onde, em 1991 foi representar o partido.

Na madrugada do dia 28 de Abril o país foi surpreendido com a informação da morte do general Arlindo Samuel Kapinala “Samy”, o último Vice-Chefe de Estado-maior das forças militares da UNITA, no tempo de Jonas Savimbi, e que desde a eleição de Adalberto Costa Júnior como presidente da UNITA, passou a assessor este em matéria de inteligência, segundo o jornalista José Gama, um escriba conhecedor profundo dos meandros da UNITA.

Entretanto, essas mortes servem de razões para que alguns observadores suspeitem que Raul Danda tenha sido vítima de uma conspiração, face à quantidade de morte no seio do maior partido na oposição angolana.

Em breve entrevista ao Jornal da CamundaNews desta segunda-feira, Joaquim Nafoia, deputado da UNITA, afastou qualquer teoria de conspiração contra o seu partido envolvendo envenenamento de seus quadros, tendo apelado ao Governo para que melhore o Sistema Nacional de Saúde, visando evitar mortes não só semelhantes as que têm ocorrido no interior do Galo Negro, bem como na sociedade em geral.

“É verdade que perdemos quadros valiosos. Mas se estarmos atentos àquilo que se passa nos hospitais do país, veremos que o país está a perder muitos cidadãos, porque o sistema de saúde não corresponde com as patologias que vão surgindo todos os dias. É só ir para os hospitais do Prenda, Mária Pia e outros, bem como nas clínicas privadas”, disse Joaquim Nafoia, para quem os relatórios médicos dão indicações claras de que causa morreram os quadros da UNITA, nos últimos meses.

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