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Depois de passar por Moçambique e pelo Malawi, matando centenas de pessoas e desalojando milhares, o ciclone Freddy deve afastou-se de terra, o que trouxe algum alívio a esta região da África Austral que foi devastadas por chuva torrencial e ventos fortes.
O ciclone matou pelo menos 199 pessoas na região sul do Malawi, incluindo Blantyre, o centro financeiro do país, de acordo com as autoridades locais. No país vizinho, em Moçambique, as autoridades dizem que pelo menos 20 pessoas morreram desde que a tempestade atingiu a cidade portuária de Quelimane na noite de sábado.
“Há muitas vítimas – feridos, desaparecidos ou mortos, e os números vão aumentar nos próximos dias”, disse Guilherme Botelho, coordenador do projecto de emergência em Blantyre em cooperação com os Médicos Sem Fronteiras.
O Malawi, que tem lutado contra um surto de cólera, corre o risco do ressurgimento da doença, disse Botelho, “especialmente porque a cobertura vacinal em Blantyre é muito fraca”
O centro regional de monitoramento de ciclones da ilha de Reunião adiantou Freddy voltou ao mar no final da tarde de quarta-feira. Não está claro se o ciclone – agora definido para ser o mais longo de todos – se dissipará ou só se afastará da terra.
O ciclone Freddy tem vindo a causar destruição no sul da África desde o final de Fevereiro. Atingiu Moçambique, as ilhas de Madagascar e Reunião, no mês passado, e este mês fez-se sentir em Moçambique e no Malawi, atravessa agora o Índico.