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O porta-voz da UNITA Marcial Dachala, que na semana passada negou ter recebido qualquer notificação da CNE, decidiu hoje, dia 30 de Janeiro, trazer um “elemento de precisão” confirmando a intimação.
“Na verdade, há mais de um mês, fomos notificados, segundo a CNE (Comissão Nacional Eleitoral), o nosso relatório teria algumas lacunas, essas lacunas foram prontamente supridas e enviadas à CNE”, disse hoje à Lusa, quem, na quinta-feira passada tinha dito que a UNITA não tinha sido notificada. Um confusão que não se justifica quando se trata do maior partido da oposição.
Mas Dachala esclareceu que depois da última notificação, “não mais fomos notificados e a nossa esperança é que teremos cumprido tudo de acordo com a lei. Até que sejamos notificados, aguardamos confiantes que tudo fizemos na devida e boa forma, de acordo com a lei”.
Dachala disse, na última semana, que a UNITA não tinha sido notificada pela CNE sobre eventuais reservas relativas às contas das eleições de Agosto de 2022, e referiu que o seu partido foi um dos primeiros a apresentar as contas e “não teve, até agora” qualquer notificação da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) “sobre eventuais reservas”.
“Portanto, se há uma ou outra reserva da parte da CNE seremos notificados e a seu tempo responderemos para esclarecer”, argumentou o também deputado do Galo Negro.
A Comissão Nacional Eleitoral angolana aprovou recentemente as contas dos partidos que concorreram às eleições gerais realizadas em agosto de 2022, com reservas nos casos do Partido Humanista de Angola (PHA) e da UNITA.
Sobre o PHA, o mandatário, Nsimba Lwalwa, confirmou à Lusa que o seu partido recebeu, há quase dois meses, uma notificação da CNE sobre algumas faturas em falta no seu relatório de contas e que esta foi “prontamente suprida”.
“Recebemos, sim, alguma notificação da CNE relativamente a algumas facturas, mas isso também já foi respondido e já foi esclarecido e depois disso já não voltámos a receber qualquer informação da CNE, há quase dois meses. Dá-me a entender que está tudo bem”, justificou o dirigente do PHA.
Do documento aprovado pelo plenário da CNE em 19 de Janeiro não constam os relatórios do Partido da Renovação Social (PRS) e Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), “que não apresentaram junto da CNE, nos prazos estabelecidos por lei, as suas prestações de contas”, revela o órgão numa nota divulgada no seu “site”.