As demissões representam cerca de 6% da força de trabalho global da empresa, a mais recente entre os gigantes da tecnologia a fazer cortes após um período de crescimento exponencial das contratações.
A Alphabet, a empresa que controla o Google, disse, esta sexta-feira, que planeia cortar 12.000 empregos, tornando-se a mais recente empresa de tecnologia a reduzir a sua força de trabalho após uma onda de contratações durante a pandemia mas que agora enfrentam, como todas empresas do mundo, a evidente desaceleração económica global.
Os cortes de postos de trabalho são os maiores alguma vez feitos por uma empresa, totalizando cerca de 6% da força de trabalho global da bigtech.
Sundar Pichai, o CEO da Alphabet, disse que a empresa se expandiu muito rapidamente durante a pandemia, quando a procura por serviços digitais explodiu, e agora deve concentrar-se novamente em produtos e tecnologias essenciais para o futuro da empresa, como a inteligência artificial.
“Contratamos para uma realidade económica diferente da que enfrentamos hoje”, disse Pichai em nota aos funcionários, publicada no site da empresa .
O Google junta-se a uma lista de outras empresas de tecnologia que demitiram funcionários depois de concluir que exageraram ao admitirem que o boom alimentado pela pandemia representaria um novo normal. Amazon, Meta, Microsoft e Twitter estão entre outros que anunciaram milhares de cortes de empregos, agora junta-se a Alphabet.
Mais de 190 mil empregos foram cortados por empresas de tecnologia desde o início de 2022, de acordo com o Layoffs.fyi, um site que rasteia cortes de empregos no sector.
As mudanças marcam o fim de um período em que o sector de tecnologia experimentou um crescimento ininterrupto, expandiu-se rapidamente e disputou funcionários com regalias nunca vistas e altos salários.
O Google, fundado em 1998, ajudou a definir uma cultura de trabalho em Silycon Valley que influenciou empresas muito além do sector de tecnologia.
A Alphabet tinha quase 187 mil funcionários no final de Setembro de 2022 , em comparação com cerca de 150 mil no ano anterior.
A Google também enfrenta uma nova concorrência de outras plataformas que oferecem novas formas de busca na internet. O ChatGPT, criado por uma empresa chamada OpenAI, deslumbrou os utilizadores ao fornecer respostas escritas para perguntas concretas ou outra tipo de consultas.