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Esta é semana em que os generais são chamados a depor

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Para esta semana estão marcadas as audições aos generais “Kopelipa”, Sequeira João Lourenço, Eusébio de Brito Teixeira e “Dylangue”, antigos responsáveis da Casa de Segurança da Presidência da República, arrolados como testemunhas, no chamado “caso Lussaty”.

Na terça-feira, dia 11 de Outubro, o tribunal vai ouvir em audiência os generais Eusébio de Brito Teixeira, antigo governador provincial do Cuando Cubango, e Mateus Júnior de Carvalho “Dylangue”, ex-comandante da Unidade Especial de Desminagem da Casa de Segurança do Presidente da República, escreve o Novo Jornal.

Ainda esta semana, também apurou o jornal junto de fontes do tribunal, vão ser ouvidos os generais Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Sequeira João Lourenço, irmão do Presidente João Lourenço.

Vão também ser ouvidos como testemunhas os deputados Higino Carneiro e Pedro Mutindi, assim como os antigos vice-governadores do Cuando Cubango e de Cabinda, para as Áreas Técnicas e Infra-Estruturas, Bento Francisco Xavier e Joaquim Dumba Malichi, respectivamente, tudo nesta semana.

Manuel Franessa e José Ernesto da Silva, dois importantes dirigentes do MPLA na província do Cuando Cubango, também serão ouvidas.

O jornal lembra que no passado dia 2 de Setembro, o ex- comandante da UGP, ligado ao batalhão de transporte rodoviário, da Casa de Segurança da Presidência da República no Cuando Cubango, coronel Manuel Correia, disse em tribunal, durante o seu interrogatório, que os batalhões ditos “fantasma” eram dos generais Eusébio de Brito Teixeira e António Mateus Júnior de Carvalho “Dylangue”, sob conhecimento do general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, e que estes generais recebiam o dinheiro em malas.

Segundo o coronel Manuel Correia, presente em tribunal na sua qualidade de arguido e que se encontra em prisão preventiva, Eusébio de Brito Teixeira e António Mateus Júnior de Carvalho “Dylangue” eram os dois generais a quem ele próprio entregou pessoalmente malas de dinheiros, em bombas de combustível e em restaurantes, com o excedente salarial da UGP do Cuando Cubango.

Manuel Correia contou que Pedro Lussaty o tinha abordado na Casa de Segurança do Presidente da República e lhe mostrou um papel assinado pelo general Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, então ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança da Presidência, indicando que teria que fazer entrega mensalmente em malas 22 milhões de kwanzas ao major, em mão.

Em acareação com o coronel Manuel Correia, Pedro Lussaty disse que o coronel e acusação pretendem colocá-lo mal com os seus superiores, os generais “Kopelipa” e Eusébio de Brito Teixeira.

Apesar de serem arguidos no mesmo processo, o major Pedro Lussaty disse que não conhecia o coronel Manuel Correia e a maioria dos arguidos envolvido num processo de que ele é o rosto principal.

O julgamento do conhecido “caso Luassaty” já decorre há mais de dois meses, no Centro de Convenções de Talatona. Os arguidos são acusados de crimes de peculato, associação criminosa, recebimento indevido de vantagens, participação económica em negócios e abuso de poder e também de fraude no transporte ou transferência de moeda para o exterior do País, comércio ilegal de moeda, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e de falsa identidade.

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