A Ucrânia disse, nesta segunda, que os ataques da Rússia prosseguem, com casas destruídas a Sul e a infra-estruturas energéticas, no norte, tudo isto numa nova rodada de ataques com mísseis.
Enquanto isso, os países ocidentais estão a tentar contrariar a capacidade que a Rússia tem de investir na guerra impondo um tecto ao preço do petróleo russo que segue por via marítima.
Os alertas aéreos soaram em toda a Ucrânia e as autoridades pediram aos civis que se abrigassem de mais uma vaga de ataques de mísseis russos, incontáveis, desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de Fevereiro.
As forças russas, nas últimas semanas, atacaram essencialmente, as instalações de energia ucranianas, enquanto enfrentavam reveses no campo de batalha. Em Kyiv, a capital, a população voltou aos abrigos enquanto as anti-áreas voltaram a entrar em acção. As autoridades pedem para que não se subestime os alarmes.
Entretanto, esta segunda-feira, entrou um vigor o tecto de 60 dólares o barril para o petróleo bruto russo transportado por via marítima. É a mais recente medida ocidental para punir Moscovo. A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo do mundo.
O acordo permite que o petróleo russo seja enviado para outros países usando navios-tanque do G7 e da União Europeia, seguradoras e instituições de crédito, somente se a carga for comprada abaixo do limite de 60 dólares por barril.
Moscovo já disse, naturalmente, que não cumprirá a medida, mesmo que tenha de cortar a produção.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, considera, ainda assim, que 60 dólares por barril ainda é um preço elevado, e que mesmo nesse valor, a Rússia pode continuar a alimentar o seu esforço de guerra, no caso, a guerra contra a Ucrânia.
Nos mercados asiáticos o petróleo russo estava a ser vendido a 79 dólares o barril esta segunda-feira, quase um terço acima do preço máximo, segundo dados da Refinitiv e estimativas de fontes do sector.